sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Fabricantes de celulares enfrentam maior crise desde 2003

Por:Edilane Damasceno Reis.
Uma onda de desânimo quanto à economia deve atingir os compradores de celulares no ano que vem, e crescente número de analistas antecipa que o mercado, até agora vigoroso, venha a cair pela primeira vez desde o crash das bolsas em 2001, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
Em média, os analistas esperam que o crescimento mundial atinja os três por cento tanto no quarto trimestre quanto em 2009, ante bem mais de 10 por cento nos últimos anos, ainda que oito dos 22 tenham afirmado que antecipam contração do mercado no ano que vem.
Em pesquisa semelhante conduzida um mês atrás, apenas um dos 23 analistas entrevistados previu que o volume de vendas cairia em 2009, e mesmo assim ligeiramente.
Para o quarto trimestre, os analistas esperam que o mercado cresça em 11,6 por cento ante o terceiro trimestre, abaixo da expectativa de 13,5 por cento da líder entre os fabricantes de celulares, Nokia.
O quarto trimestre tradicionalmente representa o melhor período para os fabricantes de celulares, porque é quando os consumidores compram mais celulares como presentes para a temporada de festas.
O mercado de celulares, que movimenta 190 bilhões de dólares ao ano, nasceu nos anos 80 e se tornou um setor de alto crescimento depois de uma disparada no final dos anos 90. Em 2001, passou por um pequeno abalo, quando o mercado registrou sua única queda em termos de volume, até agora.
Os fabricantes de celulares vêm se preparando para a desaceleração do mercado, nos últimos meses, e evitaram o acúmulo de grandes estoques que prejudicou o mercado em 2001.
Além disso, alguns distribuidores não puderam formar estoques maiores de celulares devido à crise de crédito, dizem os analistas.
As primeiras indicações quanto à demanda futura, porém, não parecem promissoras.
A produtora de chips para celulares Qualcomm forneceu na quinta-feira uma perspectiva decepcionante de lucros para o trimestre atual e o futuro imediato, indicando que a crise econômica poderia ter impacto prolongado sobre a demanda por celulares.
(Por Tarmo Virki)

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