quarta-feira, 5 de novembro de 2008

BNDES estuda aumentar empréstimos-ponte para ajudar empresas

Por: Saymon Nogueira Lima

Operação é tradicionalmente feito pelo setor bancário privado. Crédito dá dinheiro de curto prazo a empresas que esperam licença.

A crise econômica internacional levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a estudar o aumento do fluxo de empréstimos-ponte para as empresas com carteira de projetos de infra-estrutura.
Tradicionalmente feito pelo setor bancário privado, este tipo de empréstimo garante recursos de curto prazo para as companhias comprarem materiais e organizarem o canteiro de obras enquanto as licenças ambientais - condição para que os desembolsos do BNDES sejam efetuados - não saem. Mas a estruturação deste tipo de operação ficou mais difícil com a retração do crédito.

"Consideramos conceder mais empréstimos-ponte. Se eles estiverem temporariamente complicados, vamos ajudar transitoriamente", frisou Coutinho, que participou hoje do seminário "O Valor da Moda", promovido pelo Valor Econômico em paralelo ao Claro Rio Summer, no Rio de Janeiro.
O executivo revelou ainda que o banco está refazendo o mapeamento dos investimentos programados para o país até 2011. Neste sentido, Coutinho explicou que até o momento não foi percebida redução nos investimentos de R$ 304 bilhões em infra-estrutura mapeados pelo banco até 2011.
"Não sentimos, no caso da infra-estrutura, nenhum cancelamento ou postergação de projetos. Ao contrário, a percepção é de que os projetos estão muito firmes", ressaltou.
Coutinho destacou que outros setores, como a indústria, poderão sofrer mais com a crise.

Segundo ele, a turbulência vai se refletir sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano que vem.
"Estamos avaliando e a primeira impressão é de que o investimento sofrerá efeito da crise, mas será um efeito muito menor do que se imagina", ponderou.
O executivo acredita que a economia brasileira crescerá cerca de 4% em 2009, mas com uma recuperação a partir de 2010.
"Ouso dizer que a economia brasileira pode crescer, em média, 5% ao ano nos próximos quatro anos", disse.

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