terça-feira, 28 de outubro de 2008

Empresas perdem R$1 tri com desvalorização

O Momento é de Cautela para Investimentos na Bolsa
Por: Alexandra Ferreira

As empresas brasileiras com ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perderam mais de 1 trilhão de reais em valor de mercado do início de 2008 até a última sexta-feira, 24 de setembro. O levantamento é da consultoria Economatica e tem como base o valor dos papéis de 330 companhias de capital aberto.
No início do ano as ações das empresas analisadas valiam 2,099 trilhões de reais, já na semana passada elas somavam 1,055 trilhões de reais - um decréscimo de 49,7%. Segundo a consultoria, o setor de construção foi o mais afetado com uma queda de 72,3% do valor de mercado. Trinta empresas compõem esse grupo mais prejudicado.
Parte dessas incorporadoras abriu seu capital no ano passado, pouco antes do agravamento da crise financeira iniciada nos Estados Unidos. Sem uma base de comparação para os analistas, elas foram diretamente afetadas pela crise.
O segundo setor mais atingido foi o de papel e celulose, que perdeu 67,7% do seu valor de mercado. E, com perda um pouco menor, o setor de eletroeletrônicos perdeu 61,8% de seu valor.
A Economatica também listou as empresas com maior perda do valor nominal. No topo estão as companhias do setor de petróleo e gás, cujo valor encolheu 231,9 bilhões de reais desde o início do ano. Em seguida ficou o setor de finanças e seguros com queda de 223 bilhões de reais.

fonte: www.veja.com.br

CFA permanece atento na fiscalização de concursos públicos

Por: Shirlane Gonçalves

O CFA desempenhando seu papel fiscalizador da profissão e dando continuidade a esse trabalho, realizou recente pesquisa, em junho, através da Câmara de Fiscalização e Registro, na qual foram identificados 52 editais de concursos públicos para ver se estavam em consonância com a Lei nº4.769/65, quanto aos requisitos exigidos para provimento dos cargos cujas atribuições são privativas do Administrador. Entre os editais analisados sete continham cargos com atribuições privativas, mas estavam possibilitando inscrição de Bacharéis em outras áreas.O CFA enviou ofícios aos CRAs para que sejam adotadas as medidas de fiscalização cabíveis. Ainda no mesmo exame, constatou-se que seis concursos continham cargos de Administrador ou com denominação diferente, porém com atribuições privativas e as inscrições eram apenas para administradores, portando não requerendo nenhuma providência por parte do Sistema CFA/CRAs, e ainda outros 39 editais não contemplaram cargos para administradores. É muito importante esse trabalho de fiscalização preventiva que o Sistema CFA/CRAs realiza acompanhando editais de concursos públicos divulgados na imprensa, não só pela maior proteção ao profissional de Administração, como também pelo caráter educativo e esclarecedor que se transmite aos órgãos públicos no sentido de fazer cumprir a Lei e preservar o espaço que cabe ao Administrador, garantido pela legislação de regência da profissão.

Fonte: www.cfa.org.br

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Brasil pode ser mais poderoso.

Brasil pode ganhar poder com 'nova ordem mundial', dizem especialistas
Por: Altilene Soares

Crise econômica provoca mudanças profundas na geopolítica, dizem analistas.
A crise econômica mundial está provocando mudanças profundas na geopolítica e, nesse novo cenário, o Brasil pode assumir um papel de maior destaque, afirmaram especialistas reunidos nesta sexta-feira em São Paulo.
Segundo o historiador Paul Kennedy, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o "momento unipolar" (expressão cunhada pelo analista Charles Krauthammer) surgido após a Guerra Fria, em que os Estados Unidos assumiram uma posição de grande poder, dá mostras de estar chegando ao fim.
Diretor de Estudos de Segurança Internacional de Yale, Kennedy atraiu atenção mundial no final da década de 80, ao lançar o livro Ascensão e Queda das Grandes Potências, em que discutia o declínio dos Estados Unidos.
De acordo com o professor, se no aspecto militar os Estados Unidos continuam sendo uma grande potência, na área econômica e de finanças o cenário é diferente.
"Mesmo antes da crise dos mercados de subprime já era possível perceber uma mudança de poder, com a crescente influência de outras partes do mundo, como a Ásia", disse Kennedy, um dos palestrantes da conferência "Mudanças na balança de poder global: perspectivas econômicas e geopolíticas", promovida pelo Centro de Estudos Americanos da FAAP e pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Kennedy, a atual crise deve marcar o início de um mundo multipolar, no qual os países são interdependentes e estão interconectados. "A crise mostrou que o Fed já não pode agir sozinho", disse. "Os países devem trabalhar juntos".
Com essa nova realidade, disse Kennedy, ganha cada vez mais importância o chamado "soft power" - termo criado pelo professor de Harvard Joseph Nye para definir o poder de uma nação de influenciar e persuadir, sem uso de força militar, mas pela diplomacia.
Entre os países que poderiam exercer esse tipo de influência, os especialistas citam o Brasil.
De acordo com o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que também participou da conferência, apesar de o Brasil não ter poder militar, tem relevância na área de cooperação econômica e pode exercer o "soft power".


Fonte:BBC Brasil

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Governo autoriza BB e Caixa a estatizar bancos em dificuldades

Por: Shirlane Gonçalves

O governo federal publicou nesta quarta-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória 443, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar participação de instituições financeiras em dificuldades. Ou seja, a estatizar instituições privadas.

Acompanhe os indicadores do mercado

A MP é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos ministros da Fazenda, Guido Manteda, do Planejamento, Paulo Bernardo, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Medida semelhante já foi adotada pelo governo dos Estados Unidos, que comprou participações em algumas instituições financeiras, como as empresas Freddie Mac e Fanny Mae, ligadas ao crédito imobiliário - cerne da crise financeira atual.

Essa já é a segunda medida adotada pelo governo federal para dar apoio a instituições financeiras em dificuldades. A primeira foi a MP 442, que autoriza o Banco Central a comprar a carteira de crédito de instituições financeiras com problemas de caixa.

Detalhes da MP 443

Já a MP 443, divulgada nesta quarta-feira, informa ainda que o BB e a Caixa, os dois principais bancos públicos do país, poderão fazer este tipo de operação diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias. As instituições que poderão ser compradas são públicas ou privadas. A autorização inclui ainda empresas do ramo de seguro, previdência e capitalização, entre outros. Nos processos, será dispensada a licitação."A realização dos negócios jurídicos mencionados [compra de participações de outros bancos] poderá ocorrer por meio de incorporação societária, incorporação de ações, aquisição e alienação de controle acionário, bem como qualquer outra forma de aquisição de ações ou participações societárias previstas em lei", informa o texto da MP.
Para efetuar essa compra, o BB e a Caixa poderão contratar empresas avaliadoras especializadas, informa o texto da MP, por meio de processo de consulta de preço, sempre observada a compatibilidade com o mercado.

Fonte: www.globo.com